Reunião todo sábado, as 17,00 horas na Casa da Cultura

Eventos abertos aos amantes da leitura e da escrita.
50 anos de serviços pela cultura e educação
Reuniões todo sábado as 17,00 horas na Casa da Cultura
Blog não oficial criado e divulgado por colaborador

domingo, 28 de agosto de 2011

O Clube de Letras e as Escolas Superiores


Corria a década de 60 em sua primeira metade. A cidade de Sete Lagoas exercia o mesmo fascínio em todos que se deparavam suas belezas.
Tanto as naturais da já centenária cidade, por suas serranias, ora afloradas as concentrações da rocha calcária, ora em colinas de solo argiloso, paleozóico talvez, nas cumeadas, ou especialmente por suas lagoas de águas serenas, tanto as que jazem na parte central da urbe, quanto as que se situam na periferia. Tudo era atração iminente.
Ruas largas por onde o transito de pedestres era calmo, em meio às ocasionais circulações disciplinadas de uns poucos veículos, assinalavam a predominância das bicicletas, presentes em maior número.
A evolução tecnológica noticiava-se pelas poucas indústrias, cujas sirenes enchiam de estridentes sonoridades os céus da cidade, indo aos pontos mais extremos, em três oportunidades diárias: quando anunciavam o horário de entrada para o trabalho, saída e volta do almoço e encerramento da faina.
Ocorria, então, o deslocamento notável de grande contingente de operários, funcionários burocratas, comerciários e outras classes profissionais.
Já aparecia com maior incidência as locomotivas eletro-diesel, da Estrada de ferro Central do Brasil, agora denominada Rede Ferroviária Federal S.A.
Era o crepúsculo das antigas e um tanto românticas “Maria Fumaça”. A essa época era ainda a ferrovia a empresa que proporcionava o maior mercado de trabalho na cidade e região.
A estação ferroviária ostentando linhas coloniais, com a frente garbosamente voltada para o lado oeste, onde fica o centro da cidade, consequentemente para a famosa Lagoa Paulino, é o marco imponente de um complexo administrativamente e operacional, incluindo amplas oficinas de manutenção dos trens em tráfego.
Nessa estação aportavam diariamente numerosos passageiros (viajantes ou turistas) em curtos e esporádicos passeios, como também desembarcavam nas amplas plataformas, àquela época protegidas com cercas vivas decorativas, os que vinham para cá removidos.
Eram empregados das mais diversas condições sociais e culturais, trazendo a soma de seus ideais, suas alegrias, preocupações e angustias a se integrarem com os já moradores desta sempre hospitaleira Sete Lagoas.

Francisco Timóteo Perereira

Continua.










Nenhum comentário:

Postar um comentário